Na última quarta-feira (19), o árbitro Evandro Rogério Roman participou de uma entrevista coletiva com os alunos do terceiro período de Comunicação Social da FAG (Faculdade Assis Gurgacz).
Na ocasião Evandro respondeu várias perguntas dos alunos, onde explicou como funciona o processo para tornar-se árbitro e que ele entrou para a arbitragem sem querer inicialmente, porém após iniciar o processo acabou se interessando cada vez mais.
Tornou-se árbitro pela CBF, e desde então teve a oportunidade de apitar em muitos jogos importantes e decisivos, e também por diversas vezes com estádios lotados, cerca de mais de 100 mil torcedores.
Ao ser questionado se já havia sofrido algum tipo de ameaça, Roman disse que sim, várias vezes, tanto que nem telefone residencial ele possui mais.
Ele acredita que isso ocorre porque o árbitro possui um poder imenso de decisão do jogo, e ressaltou que futebol não é apenas um esporte, mas sim uma paixão, sendo assim você esta lidando com o sentimento dos torcedores, e se o resultado não for satisfatório para eles, alguém tem que levar a culpa. “Eu sempre digo que 100 torcedores enfurecidos são mais fortes do que 100 policiais armados”, afirmou ao lembrar do tumulto que acontece quando termina um jogo e torcedores revoltados prometem vingança a ele.
Com o tempo Rogério se acostumou a lidar com toda essa pressão de um estádio lotado com torcedores fanáticos, no início a ansiedade tomava conta do árbitro. Hoje ele afirma que já consegue dormir um pouco antes de uma partida decisiva. Evandro contou que na hora em que esta acontecendo a partida ele tenta esquecer que há milhares de pessoas nas arquibancadas e tenta fazer seu trabalho o mais imparcial e correto possível.
Evandro tornou-se arbitro pela FIFA no dia 04/01/2008, o que lhe rende algumas regalias como poder entrar em qualquer jogo no mundo todo e ter o direito de ficar em camarote. É o único árbitro da América Latina com doutorado, um diferencial e tanto para Roman.
A carreira de Rogério no futebol já tem data marcada para terminar, no dia 31/12/2008 ele encerra suas atividades de arbitro pelo fato de chegar à idade limite, porém ele não se vê triste, pois acredita que está na hora de montar seu próprio negócio e ter uma vida mais sossegada.
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