Vôo 3054 – Tragédia em Congonhas

Por: Edson A. Gurtat

Às 17 horas e 16 minutos iniciava a decolagem do Airbus A320, vôo JJ 3054 de Porto Alegre, com destino ao aeroporto de Congonhas, São Paulo.

Com 186 pessoas a bordo, às 18h45 minutos o avião da TAM pousou com uma grande velocidade em Congonhas, atravessou a Avenida Washington Luís e bateu em um prédio da companhia aérea, fazendo deste o maior acidente da aviação no país.

"A aeronave estava com velocidade um pouco maior. Mas, naquele momento, não dá para fazer nenhum contato. Estava em um momento crítico. Esperávamos uma manobra dele [piloto], como uma arremetida, ou alguma derrapagem no fim da pista", disse Celso Alves Júnior, em depoimento na CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados como informou o site G1 no dia 9 de agosto.

“Vi um vôo rasante sobre a avenida e, em seguida, uma bola de fogo vinda da cabeceira da pista, depois só vi gente gritando”, relatou Nilton Lima à Folha de São Paulo no dia 18 de julho. Lima é funcionário do Aeroporto de Congonhas Hotel que fica a 300 metros do ponto do acidente.Andréa Araújo, que freqüentava o terminal de cargas da TAM diariamente no horário do acidente, sente-se arrepiada ao pensar que sua vida seria interrompida. “Fiquei consternada quando recebi a notícia.Inicialmente pensei em meu pai que pousaria naquele dia e depois em meu irmão, que é vizinho do aeroporto, então o diretor presidente da empresa ligou querendo saber sobre o diretor de operações que embarcaria em Congonhas, o celular dele só caia na caixa postal e a TAM não localizava seu nome, finalmente depois de algumas horas conseguimos falar com ele, por ter esquecido seu celular voltou buscar e acabou remarcando sua passagem”relata ela.

Michele Dias Miranda, 24 anos, não teve a mesma sorte que Andréa e seus conhecidos. Ela trabalhava na TAM Express e pulou do prédio que era consumido pelas chamas. Chegou a ser socorrida pelo corpo de bombeiros, mas morreu no hospital.

Com 30 anos, o pára-quedista e empresário Richard Canfield teve seu último vôo sem saltos. O amigo Tiago de Los Santos lembra dele como um cara sereno que vivia sorrindo, atencioso com todos. “Ele era um cara especial”, lembra Tiago.

A perda é muito difícil para Gisele Calegari amiga de Marcelo Marthe. “Ele era sempre alegre e simpático, nunca reclamava da falta do frio ou do cansaço. Todos sentimos uma perda muito grande, uma saudade enorme”, conta ela.

O piloto Fernando Gonçalves Coelho JR, acredita que o Governo Federal tem envolvimento direto com o ocorrido. “Temos ciência de que ele proporcionou o caos em que se encontra nossos céus”, afirma Fernando.

A entrevista completa você encontra no: http://gurtat.blogspot.com/2007/08/entrevista-fernando-gonalves.html

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